sábado, 2 de abril de 2011

AMOR INCONDICIONAL

Final da noite desta quarta-feira (16), na Rua Haddock Lobo, na Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro, quatro homens armados renderam os funcionários da recepção de um Motel, roubaram o dinheiro que estava no caixa e ainda agrediram uma funcionária. Entre os assaltantes estava um adolescente de 16 anos, exatamente o que aparece nas imagens em atitude de agressão à uma mulher. Segundo a polícia, os criminosos também invadiram alguns quartos e roubaram dinheiro, joias e outros pertences pessoais dos clientes. Em seguida, eles fugiram num carro de uma das vítimas. A polícia confirma ainda que, antes de roubar o motel, os criminosos haviam assaltado um restaurante, também na Tijuca.

Ao ver as imagens exibidas na televisão do circuito interno de segurança do motel, que mostram o momento do crime, a mãe do adolescente reconhece o filho na hora em que ele agride a mulher. Em prantos, sem querer acreditar no que estava vendo, se colocando no lugar da vitima, mas consciente dos seus valores morais decidiu entregar o seu amado filho a policia, convicta de que estava fazendo o certo, garantindo, assim, a correção adequada para o erro cometido.

Isso nos leva a crer que o verdadeiro amor está em saber dizer sim e, não, na mesma proporção quando assim for necessário. A exemplo de um cirurgião, que deixa o doente sofrer as dores de uma operação porque tem a certeza que lhe trará a cura. Assim como uma mãe criteriosa leva seu filho em estado de convalescença ao médico para que ele fique logo bom. Mas, os remédios receitados são sempre amargos, entretanto curam. O amor incondicional dessa mãe, que entrega seu filho entre lágrimas e palavras pronunciadas com muita dor - “Trouxe porque ele errou e tem de pagar pelo erro dele. Claro, que o que ele fez com os outros lá (no motel), eu não queria que acontecesse comigo. Então, trouxe ele. Ele tem família, todo mundo é de bem, então, não aceitei o que fez". Ela afirma que não sabia do envolvimento do filho com o crime. “É difícil demais, demais, demais mesmo”, disse, com muita amargura. Essa mãe ama o seu filho e quer vê-lo no caminho do bem.

Kléo Cerqueira – 4º semestre jornalismo – 25.03.2011(sexta-feira)

Um comentário:

  1. É muito duro tomar atitudes como dessa mãe, Kléo, é preciso muito senso de humanidade e muito amor ao proximo, mesmo que o proximo não seja tão proximo assim. Saber dizer não é tão importante quanto saber dizer sim, mas tem que ser feito na hora. Acredito que atitudes como essas transformariam o mundo em que vivemos hoje. Teríamos mais confiança no outro.

    ResponderExcluir